Psoríase

A psoríase é uma doença crônica inflamatória da pele que afeta cerca de 3% da população mundial, e no Brasil estima-se uma prevalência de 5 milhões de pessoas. Ela é caracterizada por manchas vermelhas e descamativas na pele, que podem aparecer em qualquer parte do corpo, como couro cabeludo, cotovelos, joelhos, mãos, pés, unhas e costas. Além disso, a doença também também pode afetar as articulações, causando artrite psoriásica. Afeta homens e mulheres de qualquer idade, não é contagiosa, e embora exista uma predisposição familiar, não é sempre transmitida aos filhos.

A psoríase pode causar coceira e desconforto, além de afetar a autoestima e a qualidade de vida dos pacientes.

Formas clínicas da Psoríase

Existem várias formas clínicas da psoríase, que podem ser classificadas com base na aparência das lesões e na localização no corpo.

Foto de psoríase em placas vulgar em região de tórax e abdome
Psoríase Vulgar

Psoríase Vulgar (em placas): É a forma mais comum de psoríase, que se manifesta como lesões avermelhadas e escamosas em forma de placas, geralmente localizadas nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e dorso.

Psoríase Gutata: É uma forma de psoríase que aparece como pequenas lesões vermelhas em todo o corpo, muitas vezes após uma infecção de garganta. É mais comum em crianças e adultos jovens.

Psoríase Gutata
Foto de paciente com psoríase em região de couro cabeludo.

Psoríase de Couro Cabeludo: variante da psoríase vulgar, pode manifestar com placas avermelhadas e descamativas apenas na região do couro cabeludo. Muitas vezes é confundida com caspa persistente e pode gerar incômodo e vegonha aos pacientes.

Psoríase Palmo-Plantar: afeta mãos e pés com grandes manchas e placas avermelhadas e descamativas, causando fissuras e, em formas graves, dor e comprometimento da qualidade de vida. Pode ser confundida com dermatite de contato ou outras formas de alergias.

Psoríase Palmo-Plantar
Foto de psoríase ungueal.
Psoríase Ungueal

Psoríase Ungueal: Afeta as unhas, causando manchas avermelhadas e/ou amareladas, descolamento da unha e até distrofia ungueal completa. A psoríase ungueal pode ser dolorosa e afetar a qualidade de vida da pessoa, dificultando atividades simples como escrever ou caminhar. Pode estar associada a artrite psoriásica e muitas vezes é confundida com micose por profissionais não habituados com a doença.

Psoríase Pustulosa Generalizada: surge como várias lesões com pus disseminadas em todo o corpo. É uma forma mais rara e pode estar associada ao uso de corticoides. 

Além da psoríase vulgar, ungueal, palmo-plantar, de couro cabeludo e gutata, existem formas mais raras e graves de psoríase, como por exemplo a psoríase eritrodérmica, que acomete quase toda a pele, a artrite psoriásica, que acomete as articulações,  a psoríase genital e psoríase invertida, que acomete áreas de flexuras (Axilas e região de virilhas).

Diagnóstico da Psoríase

O diagnóstico da psoríase é essencialmente clínico. Eventualmente pode ser necessária uma biópsia da pele ou da unha em casos em que há dúvida diagnóstica.

Tratamento da Psoríase

Felizmente o tratamento para a psoríase evoluiu muito nas últimas décadas. Embora a doença não tenha cura, hoje em dia é possível controlar de forma excelente a doença, com retomada da qualidade de vida do paciente. 

O tratamento é estipulado de forma individualizada e de acordo com a gravidade da doença. Pode ser feito desde com medicações tópicas ou orais, fototerapia e, mais recentemente, com os imunobiológicos.

As medicações imunobiológicas para a psoríase se ligam a proteínas específicas do sistema imunológico, modificando a cascata inflamatória da doença e controlando-a. Existem algumas opções disponíveis, como por exemplo o Adalimumabe, Infliximabe, Secuquinumabe, Ustequinumabe, Guselcumabe, Ixequizumabe e Rizanquizumabe.  

Os imunobiológicos são geralmente prescritos para pacientes com psoríase moderada a grave que não respondem a outros tratamentos ou que apresentam efeitos colaterais significativos com outras terapias. Como esses medicamentos afetam o sistema imunológico, eles podem aumentar o risco de infecções e outros efeitos colaterais. Portanto, é importante que os pacientes que utilizam imunobiológicos sejam monitorados de perto por um médico dermatologista. 

 

Respostas para as dúvidas mais comuns sobre psoríase no dia a dia do consultório:

Quando a psoríase afeta apenas a pele, é o Dermatologista o profissional capacitado para o tratamento da doença. A psoríase das articulações (artropática ou artrite psoriásica) é tratada em conjunto com o Reumatologista.

Depende. Existe um fenômeno em algumas doenças da pele que se chama fenômeno de Koebner, em que onde há trauma na pele pode haver a ativação ou surgimento de lesões da psoríase. Por isso, a tatuagem pode induzir lesões de psoríase no local em que foi feita. A resposta definitiva para essa pergunta depende de avaliação médica.

A dermatite seborreica do couro cabeludo (“caspa”) é um diagnóstico diferencial importante da psoríase de couro cabeludo. No geral, as escamas da psoríase são mais esbranquiçadas, espessas e com base mais vermelha, além de usualmente ultrapassarem a linha de implantação dos cabelos. 

Definitivamente não.

Sim. Há várias medicações imunobiológicas disponíveis nas farmácias de Alto Custo do Sistema Único de Saúde (SUS)

Sim, não é incomum ver pessoas com distrofias ungueais crônicas há anos tratadas como micose, sem melhora. Nesses casos, é essencial a avaliação dermatológica para diagnóstico. Eventualmente pode ser necessário coleta de culturas, biópsia das unhas e/ou clipping ungueal.

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