Câncer de Pele – Carcinoma Espinocelular
O carcinoma espinocelular ou carcinoma de células escamosas ou carcinoma epidermoide é o segundo câncer mais comum da pele, perdendo apenas para o carcinoma basocelular. É mais comum em pessoas de pele branca e está associado a exposição à radiação ultravioleta pelo sol ou em câmaras de bronzeamento. Pacientes transplantados ou imunossuprimidos por qualquer causa também têm maior chance de desenvolvimento desse tipo de tumor. Pode ser invasivo e eventualmente causar metástases.
Quais os sintomas do Carcinoma Espinocelular?
- Manchas ou placas avermelhadas e escamosas na pele, principalmente em regiões expostas ao sol (braços, face e região do decote)
Lesão ou ferida na pele que não cicatriza e que pode sangrar
- Ferida que não cicatriza em áreas de queimaduras ou úlceras crônicas
Onde pode surgir o Carcinoma Espinocelular?
O que causa o Carcinoma Espinocelular?
Além da exposição à radiação Ultravioleta, o Carcinoma Espinocelular também está associado ao tabagismo, radioterapia, imunossupressão e à infecção por cepas oncogênicas do papilomavírus humano, o HPV.
Lesões Precursoras do Carcinoma Espinocelular: as queratoses actínicas
As queratoses actínicas são lesões cutâneas extremamente comuns que resultam da proliferação de células atípicas da pele. Apresentam-se como placas avermelhadas e escamosas nas áreas expostas ao sol, principalmente em pessoas de pele clara. Estima-se que cerca de 0,1 a 3% dessas lesões possam evoluir para Carcinomas Espinocelulares, e por isso é importante tratar também esse tipo de condição.
Todo Carcinoma Espinocelular é igual?
Assim como os carcinomas basocelulares, podem ser classificados em relação ao risco tumoral e lesões maiores de 2cm em qualquer região ou lesões de qualquer tamanho na face, boca, orelhas, mãos, pés ou em região genital são consideradas de alto risco. Além disso, existe também a classificação histológica quanto a diferenciação tumoral, e tumores moderadamente ou pouco diferenciados são também considerados de alto risco.
Como é o diagnóstico do Carcinoma Espinocelular?
O diagnóstico do carcinoma espinocelular é feito através do exame clínico e, na maioria das vezes, com uma biópsia da lesão. O exame trará informações importantes, como por exemplo o grau de infiltração e de diferenciação do tumor.
Como é o tratamento do Carcinoma Espinocelular?
Sinal do Patinho Feio e o Câncer de Pele
Buscar pelo sinal do patinho feio é um método importante que você pode utilizar no seu autoexame da pele.
A regra é simples: no geral as lesões da pele assemelham umas das outras, em uma mesma pessoa. Sempre que ao olhar para a sua pele você notar uma lesão que é diferente das demais, que se destaca, esta é o patinho feio!
E existe algum problema nisso? Não necessariamente, mas toda lesão desse tipo deve ser avaliada por um dermatologista.
Qual o profissional que cuida do câncer da pele?
O dermatologista é o profissional treinado e capacitado para o diagnóstico do câncer de pele. O tratamento e prognóstico é individual para cada pessoa, e dependem do tipo de tumor, grau de invasão e se há metástase ou não. Para os tumores operáveis, a Cirurgia Micrográfica de Mohs é uma técnica de controle de margens que garante maior taxa de cura com uma menor cicatriz.
Dúvidas mais comuns sobre o carcinoma espinocelular no dia a a dia do consultório e que você também pode ter:
No geral, o carcinoma espinocelular é mais agressivo que o carcinoma basocelular, podendo causar invasão local e metástases a distância. Em caso de lesões suspeitas é necessária a avaliação do dermatologista.
Pessoas com pele clara, olhos claros e cabelos claros têm um maior risco de desenvolver carcinoma espinocelular Além disso, a exposição excessiva ao sol, câmaras de bronzeamento, o histórico familiar de câncer de pele e histórico de imunossupressão também aumentam o risco. Importante também lembrar que o tabagismo está associado ao tumor na região de boca e garganta e a infecção por alguns subtipos do vírus HPV está associada ao tumor na região genital, perianal e, em alguns casos, também na boca.
Se diagnosticado e tratado precocemente, a taxa de cura do carcinoma espinocelular é próxima de 100%.
O carcinoma espinocelular é classificado de várias maneiras, e uma delas é em relação ao grau de diferenciação histológica. As células tumorais perdem várias de suas características, e dizer que o tumor é moderadamente diferenciado significa que as células perderam algum grau das suas características originais, como por exemplo a capacidade de produzir queratina. No geral, quanto mais indiferenciado o tumor, mais agressivo ele é.
O carcinoma espinocelular in situ, ou doença de bowen, é o tumor que acomete apenas a epiderme, sem invadir para estruturas mais profundas da pele. No geral esse tipo de tumor tem bom prognóstico e, dependendo do tamanho e da localização, pode até ser tratado com pomadas e criocirurgia.
Sim, e a chance de recidiva depende das características do tumor, grau de diferenciação, tratamentos prévios e também do paciente, como por exemplo histórico de imunossupressão. No geral, a Cirurgia Micrográfica de Mohs apresenta maiores taxas de cura.
A prevenção do carcinoma espinocelular inclui evitar a exposição excessiva ao sol, não frequentar câmaras de bronzeamento e usar protetor solar com FPS de pelo menos 30, mesmo em dias nublados. Também é importante usar roupas de proteção, como chapéus e camisas de manga comprida, quando estiver ao ar livre. Além disso, é necessário avaliação dermatológica de rotina.
Isso significa que a análise histopatológica mostrou que ainda existe tumor residual que precisa ser retirado. Nesses casos, é necessário procurar um dermatologista para avaliação. Dependendo das características do tumor, pode ser indicada a Cirurgia Micrográfica de Mohs.
O carcinoma espinocelular é um tumor maligno, com potencial de se infiltrar localmente e espalhar para outros locais do corpo (metástases).
Alguns estudos mostram que a nicotinamida, uma forma da vitamina B3, pode reduzir a incidência de novos carcinomas espinocelulares e de queratoses actínicas em pacientes que já tiveram um tumor desse tipo. Entretanto isso ainda não é completamente comprovado.
Não existe uma vacina específica para o carcinoma espinocelular, mas existe vacina para os subtipos de papilomavírus humano (HPV) que estão mais relacionados ao desenvolvimento desse tumor na região genital, perianal, boca e garganta. No Brasil, temos as vacinas quadrivalente e nonavalente disponíveis.
As verrugas são causadas pelo vírus HPV e alguns deles são oncogênicos, associados ao desenvolvimento de carcinoma espinocelular no caso de infecções crônicas. Se você já teve verrugas na região genital ou perianal antes, é interessante procurar um dermatologista para avaliação.